Intimidades

Quando contemplo a escultura de seu corpo,

Fico extasiado ante o perfil semidesnudo,

A projetar numa toalha de veludo

A perfeição de suas curvas excitantes:

Gotas lascivas de um licor inebriante,

Estimulando a volúpia dos prazeres,

Sacralizando a comunhão entre dois seres

Que se embriagam com o néctar dos amantes.

Adornando o peito, o cabelo umedecido,

E as espáduas nuas trescalam a violetas,

Encobrindo a nudez - a camisola preta

Que se avulta co'a tumidez dos alvos seios,

Ah! se pudera saciar o febril anseio:

Afagar seu ventre e ameigar os quadris

E sedudzido como sôfrego aprendiz

Cavalgar seu corpo num louco devaneio.

Jorge Moraes
Enviado por Jorge Moraes em 17/01/2010
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