Esperança
Talvez, na estrada turva da vida,
Eu possa um dia te esquecer.
E na espera dessa hora, que me anima,
Passo a te querer, cada vez mais.
Se, enfim finda essa hora perdida,
Creio poder respirar em paz...
E andar pela vida sem trazer
Nos olhos, essa angústia devida,
Que aos poucos me desfaz.
Cantando, então, passarei por ti, sem te notar.
E só arrastarei comigo, sem penar
Uma branda saudade e nada mais.
Publicado no livro "Dê corações abertos" em 1991
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