Pautado Sentimentos
De alma nua divago pelas velas
Adentrando a meia-luz,
Deixou que viola toque
Levando-me além do quebra-mar,
Nas brumas a carruagem se faz verdade!
O sal é da terra
Em comunhão com a semente
Que traz a flor, o perfume,
A dor que cala no peito
Em cada palavra,
Do solitário pífaro desta canção!
Das luzes de outrora
Embriago-me em devaneios,
Seguro em meu leme me vejo
Escrevendo e reescrevendo,
Pautando em sentimentos
A voz, olhar, a saudade!
As lágrimas escorrem
Tecendo argumentos idílicos,
Na pele a essência, a fé,
O verde das marés abrindo
Em estros a estrofe que ficou
Inundada de amor!
Auber Fioravante Júnior
15/01/2010
Porto Alegre - RS