Silêncio

Foi ali na soleira dos teus olhos

que debrucei a esperança dos meus

e ficamos a contemplar mistérios

que pousavam timidamente

entre uma felicidade e outra....

O contentamento, mais que asa

era céu e voô

alçando sorrisos primaveris...

Foi ali no beber tua alegria

que descobri:

todas as estradas são retas

e florescem tempo

quando não se tem medo de morrer.

E o que é morre

senão um viver completamente?

Foi ali num abraço demorado

que as palavras prevendo a partida

anteciparam-se aos fatos

e disseram adeus

num aceno de culpa e saudade

numa promessa de infinito silêncio...

Denise Reis/CAPOSM Santa Maria RS