Linguagem subliminar do Amor…
E ele disse-lhe:
“Acredito
no que queiras
que eu queira acreditar
no final das lágrimas
na nova aurora espelhada
na forma de um belo sorriso
pois é de Ti
que eu preciso…”
Ela sorriu por seu turno, em silêncio
Sem que ele pudesse notar
Escondeu esse sorriso
Em crepúsculos de palavras invisíveis
Que ela sabia
Ele não poder decifrar
Mas ele…
Ele continuou
O seu monologo
Que era uma espécie de comunicação
E embora ela não respondesse eventualmente
Essas palavras
Entrariam no patamar sagrado do amor
Que pertence a quem as lê
Pertence à Imensidão
“Eu amo-te
de todas as formas
conhecidas
desconhecidas
e daquelas que um dia
a humanidade
ou outra espécie
um dia irá inventar
linguagens traduzidas
por quem se atreve
e ousa sonhar…
Amo-te
Da maneira que bem entendo
Ou que tu entendes
Amo-te concreta
Ou difusamente
Amo-te de maneira coloquial
De maneira filosófica
De maneira informal
Amo-te
Até o céu mudar de lugar
Até as estrelas
Deixarem de brilhar
Amo-te na luz
Ou nas sombras
Amo-te
Embora a não materialização desse Amor
Seja o que mais assustador me assombra
Amo-te
Num
Ou em mil poemas
Numa
Ou milhares de histórias
Amo-te
Porque no fim de tudo
Dos meus dias
É esse pensamento
Esse Amor
O último brilho da minha memória”
E ela não ficou indiferente
A tal declaração
Mas nada poderia fazer
Porque esse amor
Só habitava naquele ser
Que estava tão longe
Mas tão perto de si
Ela nada poderia fazer
Do que assistir
À construção
E materialização
Dos sonhos dele
Das suas mais ousadas utopias
Do que ir seguindo de forma subliminar
O seu luminoso caminho
Sabendo e sentindo
Com imensa pena
Que essa caminhada
Ele teria de fazer Sozinho…