Linguagem subliminar do Amor…

E ele disse-lhe:

“Acredito

no que queiras

que eu queira acreditar

no final das lágrimas

na nova aurora espelhada

na forma de um belo sorriso

pois é de Ti

que eu preciso…”

Ela sorriu por seu turno, em silêncio

Sem que ele pudesse notar

Escondeu esse sorriso

Em crepúsculos de palavras invisíveis

Que ela sabia

Ele não poder decifrar

Mas ele…

Ele continuou

O seu monologo

Que era uma espécie de comunicação

E embora ela não respondesse eventualmente

Essas palavras

Entrariam no patamar sagrado do amor

Que pertence a quem as lê

Pertence à Imensidão

“Eu amo-te

de todas as formas

conhecidas

desconhecidas

e daquelas que um dia

a humanidade

ou outra espécie

um dia irá inventar

linguagens traduzidas

por quem se atreve

e ousa sonhar…

Amo-te

Da maneira que bem entendo

Ou que tu entendes

Amo-te concreta

Ou difusamente

Amo-te de maneira coloquial

De maneira filosófica

De maneira informal

Amo-te

Até o céu mudar de lugar

Até as estrelas

Deixarem de brilhar

Amo-te na luz

Ou nas sombras

Amo-te

Embora a não materialização desse Amor

Seja o que mais assustador me assombra

Amo-te

Num

Ou em mil poemas

Numa

Ou milhares de histórias

Amo-te

Porque no fim de tudo

Dos meus dias

É esse pensamento

Esse Amor

O último brilho da minha memória”

E ela não ficou indiferente

A tal declaração

Mas nada poderia fazer

Porque esse amor

Só habitava naquele ser

Que estava tão longe

Mas tão perto de si

Ela nada poderia fazer

Do que assistir

À construção

E materialização

Dos sonhos dele

Das suas mais ousadas utopias

Do que ir seguindo de forma subliminar

O seu luminoso caminho

Sabendo e sentindo

Com imensa pena

Que essa caminhada

Ele teria de fazer Sozinho…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 15/01/2010
Código do texto: T2031204
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