QUANTAS VEZES

Quantas vezes gritamos

nossas crises,

quantas vezes dissemos

sossega coração,

no transbordar

das forças que encaramos

no decoro das tragédias

que nos arrodeiam.

Na tela da vida do mundo

enxugamos as lágrimas

e nos consolamos

com a chama do viver.

Somos vulneráveis,

por isso tomamos atalhos

e vivemos quebrando galho,

na encenação da força do poder

que gostaríamos de ter.