A tarde morre lentamente nos braços do dia...!
A manhã já se fora, agonizante...! Amante tardia!
Os olhos da noite descerram estrelas vespertinas
Trazendo consigo a lua, luar... Tão doces meninas!
O vento se foi, o ar abafado...! O dia despede sufocado!
A noite se alegra ao abrir os olhos do céu estrelado...
Com presságio de uma longa espera pelo bem amado
Ou quem sabe a brisa arteira e matreira trazendo recado!
_ “Sou tua” – diz a noite – aproveito e te beijo e te abraço,
Se aproveite de mim, meu amor, para refazer o teu vigor;
Adormeça sem medo, pois cedo te acolho em meus braços...!
E se acaso o tempo do vento que foi te trazer qualquer dor,
Meu manto de encanto te cobre e esconde, é teu meu regaço!
Dorme, amado meu, somente despertarás quando eu me for...!