PECADO CONSUMADO

Quando um desejo se apresenta e nos domina com furor;

Todo juízo de valor transcende as bailas da moral;

Chega igual um vendaval com o seu ímpeto varredor;

Arranca os fundamentos do pudor e faz da insanidade um ritual!

Decerto que assim me é possível traduzir tal transgressão;

À flor da pele uma emoção imensurável e instransponível;

Não vou negar o que já é visível e nem tecer apelos por perdão;

Porque nem é questão de coração, é só provocação irresistível!

Eu não pedi pra ser assim, nem foi assédio planejado;

Foi um instinto inesperado e uma fome animal;

Uma simbiose carnal que não considerou os brados do pecado;

Que não teria sido consumado não fosse o surto irracional!

Face essa verdade que me envergonha, mas que não nego;

Eu me reservo desde agora á conduta do silêncio;

Eis que sou homem propenso a nunca advogar-me quando erro;

Porém tem horas que sou surdo, mudo e cego – assim eu penso!

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Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 14/01/2010
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