Sou só Eu, Tu, a chuva e a Eternidade…

Encontrámo-nos numa planície

Onde te mostrei

Brotarem as minhas palavras

Encontrámo-nos num campo fértil

Que adubei

E onde antes

Não havia mais nada

Depois vieste tu

E com o teu sorriso

A tua presença

As palavras transformaram-se em flores

Dando lugar a uma certa felicidade

Ignorando alguns dos seus tão típicos espinhos

Que nos causavam

Certo tipo de dores

Dores de quem gosta demais do tempo

Que não o quer deixar passar

Mas ambos tínhamos o hábito

De esquecer o passado

(mas de secretamente o venerar…)

Para viver o presente

E melhor

O futuro idealizar

Idealizando um amor

Tão rápido

Que tão rápido se evanesceu

Venerando o Povo Breve

E o seu

Nosso Deus

E passaram mil anos

Voltando-nos a encontrar

Na mesma planície

Onde entretanto

Um profícuo bosque

Estava a proliferar

E outras pessoas

Que não conhecíamos

O aprenderam a ver

Com os olhos do Princepezinho

Aprenderam tal a sensatamente apreciar

Encontrámo-nos

E reparámos

Que estávamos apenas os dois naquele momento

Eu, Tu, a chuva e a Eternidade…

Começando Tudo de novo

Numa nova história

Que nunca terá fim

Eu gosto de Ti

E Tu de mim…

Sou só Eu, Tu, a chuva e a Eternidade…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 14/01/2010
Código do texto: T2029150
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