Sou só Eu, Tu, a chuva e a Eternidade…
Encontrámo-nos numa planície
Onde te mostrei
Brotarem as minhas palavras
Encontrámo-nos num campo fértil
Que adubei
E onde antes
Não havia mais nada
Depois vieste tu
E com o teu sorriso
A tua presença
As palavras transformaram-se em flores
Dando lugar a uma certa felicidade
Ignorando alguns dos seus tão típicos espinhos
Que nos causavam
Certo tipo de dores
Dores de quem gosta demais do tempo
Que não o quer deixar passar
Mas ambos tínhamos o hábito
De esquecer o passado
(mas de secretamente o venerar…)
Para viver o presente
E melhor
O futuro idealizar
Idealizando um amor
Tão rápido
Que tão rápido se evanesceu
Venerando o Povo Breve
E o seu
Nosso Deus
E passaram mil anos
Voltando-nos a encontrar
Na mesma planície
Onde entretanto
Um profícuo bosque
Estava a proliferar
E outras pessoas
Que não conhecíamos
O aprenderam a ver
Com os olhos do Princepezinho
Aprenderam tal a sensatamente apreciar
Encontrámo-nos
E reparámos
Que estávamos apenas os dois naquele momento
Eu, Tu, a chuva e a Eternidade…
Começando Tudo de novo
Numa nova história
Que nunca terá fim
Eu gosto de Ti
E Tu de mim…
Sou só Eu, Tu, a chuva e a Eternidade…