Quero o aconchego dos teus braços e dos teus abraços...

Perco-me de mim... E me acho nos teus olhos...

(-Mas teus olhos não estão aqui comigo...)

Continuo perdida...

Noites me jogam no imponderável...

Saudade do aconchego dos teus braços...

Vidas desperdiçadas por estranhos mal entendidos

Que o tempo não desfaz...

Minhas palavras de amor mergulham na caverna de tua boca

Onde tua língua as saboreia como frutos suculentos,

Como antes saboreavam a doçura dos meus lábios

E se fartavam no meu corpo ardente e adocicado...

Quero-te muito... Mas não sei mais quem eu sou:

Se vives em mim ou em ti eu vivo...

Busco estrelas, mas encontro fogos fátuos...

Ilusões me procuram e eu as deixo

Tomarem conta de mim...

Talvez um dia eu fique ensandecida.

Mas mergulharei no mar dos esquecidos

Sorrindo para tua face ausente

Que aqui se faz...

E assim

Passarão por mim e dirão: - Ela é feliz!

Vês como sorri ela para o Nada?...

Mal sabem os incautos mal-amados

Que só eu te vejo comigo, do meu lado,

A sussurrar-me as mais doces cantigas

Que só as cantam os que são apaixonados...

Na minha loucura... Sou feliz!...

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 13/01/2010
Código do texto: T2026963
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.