DELICADAS...
Meu rosto é perdido ao acaso
Na humildade do meu interior
Dizer que o autismo não muda
Seria transmitir imensa dor
Tenho lembranças das delicadezas
Dos jardineiros e das borboletas
Das doces flores de bálsamos encantados
De dias lindos e ensolarados
Eu sou a profunda nostalgia
Da delicadeza da alegria
Que como em falsa euforia
Comenta que se está apaixonado
Delicadas situações
São o direito de ser o mundo
À espera em desafio
Os dias simples como lições de vida...
Delicadas e decifradas
Histórias ingênuas
Lá onde os sonhos são depósitos
Das ternuras despertas e gentis...
Suaves e delicadas narrativas
Aos olhos dos mortais, não à lembrança
Que enquanto existir corações sensíveis
Recordarão as razões estremecidas!...
belo horizonte, 12 de janeiro de 2010...