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Falar de amor

Se de amor se vive e se morre
Paixão sublime quase loucura
Então o meu amor foi a mortalha
Que me revestiu a formosura
Desse amor tão triste sem ventura
Pois que o destroçaste por cegueira.

Cantei o meu amor em liberdade
Por mares campos rios e desertos
Transportei-o na alma e na loucura
Pois se te amar foi desventura
Soubesses como te amava por certo
Correrias para mim e me adorarias

Mas por desventura e tortura
Pranteei sozinha esse canto
Em longos anos de desesperança
Onde sempre acumulava meu tormento
Por não te dizer do meu lamento
Pois tudo o que de vós tenho é saudade

Quis a ventura que me alegrasses
e a mim viesses um dia com meiguice
Nas tuas palavras! Oh! Tolice
Eu almejei alguma enternecimento
Cuidei então me prezavas com verdade
Mas tudo o que cogitei foi doidice

Meu amor por ti foi luz de alvorada
O sol radioso resplandecente
Foi vida e converteu-se fatalidade
E morrerei nessa saudade
Que paralisou os passos meus
Por não poder  seguir os teus.

E se de alguma felicidade
Viesse a merecer por tal afeição
Apagando a dor desses enganos
Esperança vã efémero julgar
Pois contra  energias funestas
 Não saberia pelejar


De tta
11~01~10
Mote falar de amor
Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 12/01/2010
Código do texto: T2025765
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