Eu fico
Às margens da melancolia, vendo o mover das águas
Eu fico extasiada com a veracidade dos fatos.
Nunca terei a medida certa de todas as mágoas
Velando algo que me faz suprir tais atos.
Corro nessas margens procurando um indício
Do teu falar ou do teu calar.
Vejo no negrume da profundidade implícito,
As recordações de o meu simples amar.
Quisera eu falar aos quatro cantos
Do meu amor do meu prazer
Mas fico calada,e só, e em prantos
Imaginando todo dia o que fazer.
Não te detenhas ao meu simples sentimento
Que por calar perde toda a expressão.
Vem...vamos juntar nossos argumentos
Para eu não ficar nessa escuridão.