E eu pego então nas Teias da Vida…

Num suave convite

A parar no tento

A uma preciosa introspecção

Onde meço na balança do que sou

O amor

E a razão

Penso porque é que ambos

Não podem ser apenas um

A coisa simplificava-me

Tantos processos sensitivos

Que torno bastas vezes complicados

A coisa seria mais simples

Se pudesse estar livremente apaixonado

Sem as barreiras sociais

Que me implicam

Comportamento tais

Que por vezes me descaracterizam

Me fazem usar uma máscara

De alguma contenção

Quando o que queria

Era beijar-te

Ter-te comigo

Até acabarem as estrelas

Se esgotar a imensidão

Queria dizer-te

“Amo-te…”

De forma indefinida

Queria repetir-te

Que és o unguento

Para um certo tipo de ferida

Que tenho

Por não te ter

Porque o amor

É algo

Que supera o meu querer

Toda a minha vasta compreensão

E quando chego a este tipo de sentires

Só me resta mesmo uma certa contemplação

Regressando às coisas simples

Que uma certa eternidade convida

Olhando-te com ternura nos olhos e

Pegando então nas Teias da Vida…

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 12/01/2010
Código do texto: T2024799
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