E eu pego então nas Teias da Vida…
Num suave convite
A parar no tento
A uma preciosa introspecção
Onde meço na balança do que sou
O amor
E a razão
Penso porque é que ambos
Não podem ser apenas um
A coisa simplificava-me
Tantos processos sensitivos
Que torno bastas vezes complicados
A coisa seria mais simples
Se pudesse estar livremente apaixonado
Sem as barreiras sociais
Que me implicam
Comportamento tais
Que por vezes me descaracterizam
Me fazem usar uma máscara
De alguma contenção
Quando o que queria
Era beijar-te
Ter-te comigo
Até acabarem as estrelas
Se esgotar a imensidão
Queria dizer-te
“Amo-te…”
De forma indefinida
Queria repetir-te
Que és o unguento
Para um certo tipo de ferida
Que tenho
Por não te ter
Porque o amor
É algo
Que supera o meu querer
Toda a minha vasta compreensão
E quando chego a este tipo de sentires
Só me resta mesmo uma certa contemplação
Regressando às coisas simples
Que uma certa eternidade convida
Olhando-te com ternura nos olhos e
Pegando então nas Teias da Vida…