O BARDO E A POETISA – PARTE III
O BARDO – A inspiração é o que me vem de dentro
E toca mais profundo em minha alma
É aquilo que é empíreo e mais sublime
E transcende toda a fé da humanidade.
E ela faz de todo o mundo um meio
Pois ela aparece como um fim.
Em mim, ela me vem de toda a imagem
Que toca-me o espírito, enfim...
Pois tudo para mim é predicado
Tudo, tudo aquilo que me circunda.
E ao ver um objeto dos sentidos
Minha alma toda torna-se elevada.
‘inda mais quando me- é revelado
Que de mão dadas vem-me a paixão
Coa inspiração por mim tão esperada.
A POETISA – Somente eu sei o quanto eu quis ouvir
Tuas palavras. Tão doces... como o mel...
O mesmo brilho e pureza e sabor
Dizendo-me estas coisas sobre a vida
Sobre nós, a canção e a poesia
E o sentido de toda a criação.
Aqui, contigo, bardo, agora eu sei...
Aqui, contigo, bardo, encontrei...
Aqui, pois, eu achei o meu lugar.
“O bardo e sua lira uniu-se à poetisa e sua voz.”
A NOITE – Vai passando o tempo, é hora!
Já cumpri o meu dever.
Uni as almas distantes
Num tão doce bem-querer.
Melodias entoadas
Nesta noite em viração
Ao som da doce voz dela
A poetisa mais bela.
Que encontrou, pois, em seu bardo
A resposta que faltava
Pra sentir a poesia
Quando já começa o dia.
“A noite foi-se embora. O mesmo sucedeu com o dia. Assim, por toda a eternidade. Durante toda a vida.”
Fim.
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