BOLERO DE AMAR

Quando os meus olhos

Encontraram o teu olhar...

Vi que iria sair os entulhos.

Soube que era para amar

E teu corpo febril me tocou

Fez-se pausa às despedidas

Onde havia resíduos de trevas...

Percebi cicatrizar as feridas.

Tua luz iluminou toda a selva

E vi ressurgir a própria vida

Por dentre a mais densa relva

Brotou do chão uma tenra flor

Perfume suave de pétalas alvas

Estou aquecido do calor do amor

Cessando aquele frio e a tristeza

Vivo aqui a força dessa beleza

Com a alma pura ascendendo...

Todo o meu ser transcendendo.

Lembrança que trás calma e leveza

Tudo num segundo fazendo sentido

Razão em paz com o coração

Harmonia entre o céu e o mar

Nítida, clara e cristalina emoção

Que quero nestes versos contar.

Soltos ao ar pelo vento e a brisa

Agora vejo a candura e sua maestria

Coberta da ternura que me realiza

Juntos nós somos a mais pura poesia

E nem imaginava que um dia voltaria

A ser feliz assim... Na minha Bahia

Ao chegar agora o mundo renasceu

Neste palco e cenário de tantas magias

Inspiração dança e não mais se esvaiu

A seiva do amor corre em minhas veias

E é só olhar pra você que tudo incendeia

A loucura do amor sacode as prateleiras

E se dá numa euforia de pular bananeira

Dias, tardes, noites, madrugadas... Alvoradas

Na incontida profusão... Além da imaginação!

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 09/01/2010
Reeditado em 30/06/2012
Código do texto: T2020383