BUMERANGUE

Quem dera fosse um bumerangue, este instável amor...
e me voltasse sem erro, sem desvio de meta, sem dor;
rebatido pelo outro no mesmo impulso engajado,
apaixonado, ligado, perfeito, aficcionado!...
Assim não haveria o risco de se acertar no que não viu
após por mais de meio ano o sentimento rodar o Brasil!
Quem dera fosse o amor um bumerangue fiel e certeiro
atando alvo e emissor num mesmo laço forte e inteiro, 
sem nenhum risco de erro, de distração, de encontrão,
de esbarrão em alguém que ficou bem ali, na contra-mão!...
Ah, bumerangue só nosso: não me erra o alvo, não!

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Christina Nunes
Enviado por Christina Nunes em 25/07/2006
Reeditado em 26/09/2006
Código do texto: T201988
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