Poema de Amor

Ora côncavo, ora convexo,

Apenas palavras refletidas

Pela alma, sem julgar ou magoar,

São somente versos marejados

Na face cheia de saudade!

Da janela,

O sol deitando-se em águas suaves,

A imagem quase musical inundando

Meus rabiscos, meus riscos, neste instante

Bucólico como a noite que cai serena,

Mas sem luar!

A vela solitária

Desperta-me em devaneios,

À mercê do próximo avesso

Semeado no raio de espuma,

Do veleiro que segue a bom bordo

Da dor, do velho sentimento!

A constelação dos mares

É meu guia, quase o anfitrião

Deste poema de amor cantado

Em prosa lúdica, em estrofe ávida,

No horóscopo dos pescador

De letra e ilusão!

Auber Fioravante Júnior

08/01/2010

Porto Alegre - RS