Um caso de amor.
Por quê me deste tão docemente
E despretensiosamente
A flor dos teus inocentes anos?
O que havia em minha magia
Que te fez um dia
Apaixonar-se por mim?
Olhos pedintes de cão vadio
A suplicar pelo teu cio.
Narinas ansiosas pelo odor
do teu desejo.
Coração escancarado.
A pele exposta para te cobrir
Em agasalho de afetos.
Loucos, desvairados
Absorvemos toda esta intensa insanidade...
Grudávamos nossos corpos em gosmenta cola
De tépidas e deliciosas secreções
E em espasmos tsunâmicos
Nos possuíamos em frenéticos orgasmos
E dormíamos, então, em sensual amplexo.
Eu te perseguia qual um leão faminto
à lépida gazela.
E tu fingias fugir para assim excitar-me.
Gastamos e esbanjamos toda a volúpia
De uma insana paixão.
Demo-nos um inesquecível tesouro,
Um longo abraço, um beijo
Demo-nos adeus...e só!
Ilustração: Os amantes. De R. Magrite.
Por quê me deste tão docemente
E despretensiosamente
A flor dos teus inocentes anos?
O que havia em minha magia
Que te fez um dia
Apaixonar-se por mim?
Olhos pedintes de cão vadio
A suplicar pelo teu cio.
Narinas ansiosas pelo odor
do teu desejo.
Coração escancarado.
A pele exposta para te cobrir
Em agasalho de afetos.
Loucos, desvairados
Absorvemos toda esta intensa insanidade...
Grudávamos nossos corpos em gosmenta cola
De tépidas e deliciosas secreções
E em espasmos tsunâmicos
Nos possuíamos em frenéticos orgasmos
E dormíamos, então, em sensual amplexo.
Eu te perseguia qual um leão faminto
à lépida gazela.
E tu fingias fugir para assim excitar-me.
Gastamos e esbanjamos toda a volúpia
De uma insana paixão.
Demo-nos um inesquecível tesouro,
Um longo abraço, um beijo
Demo-nos adeus...e só!
Ilustração: Os amantes. De R. Magrite.