Fonte da Minha Saudade
Tu, vento veloz,
Que passas por nós
Na tua fugacidade.
Dá-me tu notícias
Da fonte das primícias
Da minha saudade.
À noite recordo,
Durmo e acordo,
Sem esquecê-la.
Em tua passarela
Dizes para ela
Que preciso vê-la.
Tu és potente,
Mas frio e indolente
E de alma gelada.
Queres o meu fim!
Dela para mim
Não me trazes nada?
É do teu instinto,
Entrares em recinto
Sem alguém impedir.
Vê-la te é possível
Porque és invisível,
Podes entrar e sair.
Já que não tens dó,
Porque vivo tão só,
Quase sem esperança!
Quando a encontrares,
Fala-lhe dos meus pesares
E que mandei lembrança.
Sebastião Barros
08/01/2010