Fonte da Minha Saudade

Tu, vento veloz,

Que passas por nós

Na tua fugacidade.

Dá-me tu notícias

Da fonte das primícias

Da minha saudade.

À noite recordo,

Durmo e acordo,

Sem esquecê-la.

Em tua passarela

Dizes para ela

Que preciso vê-la.

Tu és potente,

Mas frio e indolente

E de alma gelada.

Queres o meu fim!

Dela para mim

Não me trazes nada?

É do teu instinto,

Entrares em recinto

Sem alguém impedir.

Vê-la te é possível

Porque és invisível,

Podes entrar e sair.

Já que não tens dó,

Porque vivo tão só,

Quase sem esperança!

Quando a encontrares,

Fala-lhe dos meus pesares

E que mandei lembrança.

Sebastião Barros

08/01/2010

Sebastião Barros
Enviado por Sebastião Barros em 08/01/2010
Reeditado em 30/01/2011
Código do texto: T2018454
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.