POEMA RÉQUIEM
Caso não seja verso pra dor
Não declaro de público pra ninguém
Que fui seu maldito poeta escritor
Que numa noite qualquer lhe fez bem
Sou seu canalha de nível inferior
Seu brinquedo momentâneo e aquém
Do seu coração, da sua alma interior
Otário és teu desejpoema réquiem
Se não for verso de amor
Não declamo ao vivo pra ninguém
Que sou o seu cretino poeta cantor
Que um dia pra você foi alguém
Sou seu cachorro que arde de dor
Seu objeto sempre longe e aquém
Da sua satisfação, do seu corpo sabor
Utópico és seu poemamor réquiem
DuduLuiz e Roberta Lenna, 2009