REALIDADE OBSCURA

Numa noite de lua cheia,

Fiz deste clarão, a luz dos seus olhos,
Da brisa calma, a doçura leve da sua alma
E das flores, a sua saliva.
Inebrio-me em fantasias,
Meu corpo deseja um encanto

E então, entrego-me...
No pudor da nudez do meu corpo.
Da distância que nos une
Pela imensidão da vida,
Ao nascer sereno de uma nova mulher,
Você é um sonho, um pássaro azul no céu.
Você é minha utopia, minha fúria,
Meus dias claros, meus tons escassos...
Você é meu acaso, é o sonho que quero sonhar,
Por toda realidade obscura.

Adriana Leal



Texto revisado por Marcia Mattoso