Débora, minha musa
Era magra como um palito,
Decidiu-se alimentar apenas de poesia
E foi se enfraquecendo, debilitando-se
Porque queria sumir
Sentia-se um Nada absoluto
Achei-a num canto toda alegre
Disfarçando seu enorme sofrimento
Estava sentada sem forças
E me pediu que a levantasse
Mas, não pude ajudá-la
Eu também estava no chão
No mesmo plano,
As visões se encontraram
Tocaram-se em cada parte
Das palavras fracassadas
Num breve encontro
Ela resgatou o Amor
E mais me ajudou
Que a si própria