O amor é a Fenix
Tu que me tomas,
Sentimento alheio,
Que me vens como corona –
Um fogaréu inteiro –
És o ledo divino,
Daquela arca de símbolo
Que com Noel subiu aos ares.
Quieto, sou o segredo inconfessável
Do padre que não pôde amar:
Demasiado distante da magnitude -
Do ar escarlate de uma profecia sagrada -
Viveu deveras a sensação de ser uma acácia
(Ainda que não sendo ubíquo).
Só que desse plasmado cubo,
De sensações inesperadas,
Diferente da planta que por amor,
Esperou ser amada,
Contemplo a natureza em pleno estilo:
Sinto e sou sentido,
Como o espinho da rosa que fura a pele
Por dela tanto gostar
(Ainda que sendo mal entendido).
Pois o que se é é apenas o que se pensa
E se sente ser.
Assim, sou a explosão cósmica
Do amor florescente
Que a todo instante morre,
Para só assim renascer.