Despedida

Não sei se este é um poema alegre ou triste

Não sei se este é um poema do começo do fim ou do fim do começo

Não sei se choro de alegria ou se rio da tristeza... Tu viste

Simplesmente não sei qual é o lado avesso

Se agora lês estes versos premeditados

É porque as andorinhas estão de partida

E eu, de saída, me despeço com um olhar amuado

Apaixonado de um amor da minha vida

Jamais me esquecerei dos teus olhos amendoados

Olhar adocicado, às vezes acanhado

Ora sonolento, ora amedrontado

Mas sempre vivo, brilhante...

Todo aconchegante

Jamais me esquecerei do teu sorriso aberto

Espontâneo, franco... de certo

Amigo, abrigo para os dias chuvosos

Conforto e calor humano tão preciosos

Jamais me esquecerei do que tu és

Menina risonha que cativas a todos... Oh que efeito !

Delicada, simpática, meio quieta... Mais que trejeito !

Gostaria de poder estar ao teu lado, não só a teus pés

Não pude te fazer feliz como eu quis

Não pude ser inteiro não... apenas fração

Na pude ser futuro, só passado

Não pude ser namorado, apenas um amigo apaixonado

Queria poder te trazer paz, segurança, conforto, esperança

Queria poder te trazer amor, parceria, mesmo na dor, alegria

Queria poder ser tudo, completo, para que seu mundo fosse repleto

E algo mais, capaz de ser incólume na eternidade...

...a sua Felicidade

Hoje minha estrela se apaga do céu... teu

Mas a tua sempre brilhará no meu

Se um dia quiserdes conversar

Eu estarei te esperando...sempre

Tal qual uma semente

Desabrocha com a água, eu volto a respirar

Do outro lado da linha só por te escutar...

Alexandre Miguel
Enviado por Alexandre Miguel em 06/01/2010
Código do texto: T2013470