Despedida
Não sei se este é um poema alegre ou triste
Não sei se este é um poema do começo do fim ou do fim do começo
Não sei se choro de alegria ou se rio da tristeza... Tu viste
Simplesmente não sei qual é o lado avesso
Se agora lês estes versos premeditados
É porque as andorinhas estão de partida
E eu, de saída, me despeço com um olhar amuado
Apaixonado de um amor da minha vida
Jamais me esquecerei dos teus olhos amendoados
Olhar adocicado, às vezes acanhado
Ora sonolento, ora amedrontado
Mas sempre vivo, brilhante...
Todo aconchegante
Jamais me esquecerei do teu sorriso aberto
Espontâneo, franco... de certo
Amigo, abrigo para os dias chuvosos
Conforto e calor humano tão preciosos
Jamais me esquecerei do que tu és
Menina risonha que cativas a todos... Oh que efeito !
Delicada, simpática, meio quieta... Mais que trejeito !
Gostaria de poder estar ao teu lado, não só a teus pés
Não pude te fazer feliz como eu quis
Não pude ser inteiro não... apenas fração
Na pude ser futuro, só passado
Não pude ser namorado, apenas um amigo apaixonado
Queria poder te trazer paz, segurança, conforto, esperança
Queria poder te trazer amor, parceria, mesmo na dor, alegria
Queria poder ser tudo, completo, para que seu mundo fosse repleto
E algo mais, capaz de ser incólume na eternidade...
...a sua Felicidade
Hoje minha estrela se apaga do céu... teu
Mas a tua sempre brilhará no meu
Se um dia quiserdes conversar
Eu estarei te esperando...sempre
Tal qual uma semente
Desabrocha com a água, eu volto a respirar
Do outro lado da linha só por te escutar...