Rosa

Me falaram que as rosas não falam, que elas não andam.

Por algum tempo me deixei ser iludido por esta ideia,

Eu apenas as regava, sem compromisso, omisso de meus afazeres

Um dia andando por um jardim calmo e singelo por si só, percebi que uma havia falado comigo, me surpreendi, com meus olhos olhei bem para ela e perguntei como estava a vida de rosa.

Ela me disse que as vezes era difícil ser rosa, pois já esta época que nascera não se revivia o romantismo, o mundo estava preso a coisas Tao superficiais que não notavam as belezas que a vida lhes dava.

Fiquei envergonhado neste momento de ser simples mortal, pois absorvi daquele depoimento real sinceridade, não tive chance, e mesmo que tivesse teria que plantar aquele bela rosa em meu jardim.

Então levado pelo meu instinto tirei de seu local e coloquei numa parte especial do meu jardim e ali comecei a cultivar diálogos com ela quase todo dia,

E um dia de chuva leve estava eu e ela olhando um para o outro, percebi que naquele momento que não havia perguntado seu nome, já fazia tempo que dialogávamos e eu destraido por natureza havia cometida tamanha gafe.

Fiquei novamente envergonhado de ser simples mortal...

Ela meio que sorriu sem jeito e timidamente me disse:

Por que queres agora depois de tanto tempo saber meu nome? Não basta o dialogo, a fala o sorriso a presença?

Sim, me basta sua presença, sua beleza fugaz que trás consigo a paz menina, Sim! me basta sua voz seu jeito puro de ver a vida sua calma de explanar ela...

Me basta somente seu cheiro, que perfuma meu horizonte colocando em lugares celestes, se queres saber sim me basta.

Corado agora estava por saber que a bela rosa não gostava de ousadia, e eu ousado por essência, ousei amar uma rosa que não queria ter comigo mais intimidade que sua presença, então a deixei por alguns minutos e fui andar pela grama para tentar entender o que a aquela rosa havia feito comigo.

Foi então quando o sol saiu em um fino risco entre as nuvens contracenando com o orvalho curto formando um arco-íris que percebi, eu que muitas vezes batia no peito me dizendo HOMEM, Eu que julguei não por amar, havia me apaixonado por aquela rosa e queria mais do que sua presença, queria a intimidade de seu nome.

Voltei para o jardim e de joelhos declamei um poema:

Rosa que brota em meu jardim

Rouba meus sonos

Fisga minhas ideias

Furta meu sorriso

Aprisiona meu querer

Rosa que brota em meu coração

Me deixe te mostrar o mundo

Corra em minha direção

Rosa

Rosa minha

Entre na minha vida

Me diga seu nome

ME traga boas brisas...

A rosa emocionada um abraço me deu, e bem baixinho me disse...

Meu nome e Cláudia.

guido campos
Enviado por guido campos em 06/01/2010
Código do texto: T2013444
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