Poesia do amor que se vai
Poesia de um amor que se vai
Um beijo com gosto de sal sela uma tarde de despedida
Rosas de amor em botão, inóspitos espinhos intocados
Palavras geladas, sem alma, afogam sonhos passados
Espumas em abraços na praia, faróis apagados, sem vida.
Norte deixado ao relento, bússola desorientada indicando rumos diversos.
Vestes despidas, paixões insensatas, lascivas mentiras jorrando em cascata.
Promessas guardadas no Vento, orgásmicas noites inventadas, estrelas entoando cantatas.
Amantes que partem felizes, amados enrolados em bandeiras, afundam em navios diversos.
Amores chegam sem aviso, amores partem cansados: uns amores são desalojados, outros amores já desiludidos.
Amores primaveris, amores em Outono também, amores hibernando no Inverno, esperando um Verão que não vem.
Poesia de um amor que se vai esvaindo em lenta agonia, uma prece prá este amor grandioso - nestes versos faço também.
Há amores impossíveis, acredito. Há amores, possíveis, reais; amores que superam conflitos - há amores que não serão esquecidos.
Um grande amor jamais termina. Mesmo com um rompimento, o amor continua grande, eternizado nos inesquecíveis momentos compatilhados.
Vale do Paraíba, tarde da primeira Terça-Feira de Janeiro de 2010
João Bosco