Ó criatura!
Óh amável criatura!
Que queres ainda de mim?
Já não basta ter-me roubado o sono?
Meu sossego... minha fome?
Vago nas madrugadas sem fim...
Um coração repleto de saudades!
Óh criatura!
Que instiga minha imaginação,
Invade meus sonhos, e os faz tão lindos!
Deixando meu ser em turbulência,
Reprimindo desejos tão íntimos!
Óh criatura adorável!
Que queres ainda de mim?
Queres também minha alma?
Meu último sopro de vida?
Quanto desatino!!!
Perverso destino...
Vem... leva-me...
Para junto de ti
Deleita-te desse momento,
Na simplicidade...
Sem culpa...sem medo...
Sem pudor.