Minha Pequena Vida

“Com batidas bem marcadas, até ver sua chegada, em um “oi” desajustou,

Sem erro, destinado, por algum anjo conspirado, já avistada a saída,

passos sempre planejados, repentinamente desordenados, meu coração quase travou,

na travessia, solto e sem parada, pouca visão e alma vaga, é começada minha vida,

de rosto tênue e singelo, grande charme, sorriso belo, com um minuto me conquistou,

sem apego, em quase nada, em uma época agoniada, se desponta o que eu quero,

como da escuridão a alvorada, surge aquela do nada, longe da qual me desespero,

e agora renovado, pra ela sempre dedicado, mudo a vida que tinha,

apesar de enorme saudade, caminho certo e extasiado, na certeza de que é minha,

pois assim nada mais quero, só essencial espero, sua pele, sua respiração,

de uma vez, todo meu, de longe buscado, as vezes angustiado,

em meio a fissura conto as horas, dias, a semana de tensão,

toda aqui sem demora, a todo tempo digo sim, jamais não,

e eu que não esperava, esbarrar naquela que de mim pouco agradava,

que por um momento distanciou, pelo necessário respeito exigido,

entre o fim e o “start” do zero, alcancei um risco que secretamente desejava,

rompendo num só talho, costume e orgulho, dada vazão do desejo coibido, e subitamente realizado.