SÚPLICA

A chuva fina verte de um céu cinzento

molhando o piso de cimento.

Na madressilva do canteiro

um felino pula ligeiro.

Invade em sutil melancolia

a lembrança daquele dia

que vi em seu olhar suplicante

um desejo emergente, delirante.

Vertigem, arrepio, medo,

fuga arredia, um segredo.

Imaginação, torpor, paixão,

estranha força, atração.

Na distância em tempo presente

o juízo quase que ausente

entrega o desatino

a magia do destino.

Pulsando em gotas do orvalho

segue sem atalho

nesta rima que enfim

de mim...Se aproxima.

Lulith
Enviado por Lulith em 05/01/2010
Código do texto: T2011738
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