AMOR ADORMECIDO

Quando se abre o velcro do silêncio interior

E a catarse ri de nosso teatro de recordações

Todo contraste em introspectivo duo superior

Desmascara todas as nossas pífias limitações

Noto como é inesgotável o cálice do desejo

O desejo por ti que em mim agigante-se

Em lucubrações onde descortinar-te almejo

Mas sem ti todo meu tempo adiante-se

Tardiamente notei a ductilidade do final

Bem como a sagacidade oriunda do amor

E o frêmito de meu coração ainda germinal

Faz-se sentir solitário em teu mudo clamor

Tentei obliterar o resquício de ti lentamente

Mas os anos de cumplicidades e divergências

Retiveram em mim lembranças resilientes

E lembraram-me de todas minhas incoerências

Mesmo distante é tua imagem iridescente

Em minha retina de ti sempre necessitada

Refulgente como um astro incandescente

Espelhando o antigo amor de forma inusitada

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LEILSON LEÃO

Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 04/01/2010
Reeditado em 19/05/2011
Código do texto: T2010570
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