FORMOSA, MAS IMPONENTE
Pervagas pelas veredas da ominosa insolência,
Querendo a tua desditosa prosápia contemplar,
Amores, desilusões, vítimas da tua imponência,
Somente compaixão ao mundo hás de implorar.
Corações algésicos silenciam na tua clemência,
Despropéria sofreguidão em te querer condenar,
Somatizas sofrimento com a plena consciência,
Dos tantos heus que nesta vida estás a ofertar.
Esta beleza que bradas com assaz veemência,
Um dia, o tempo, inexoralvemente, há de apagar,
Acantoas o humilde por achar dona da sapiência,
Verdades da vida! Por que não queres abraçar?!
Fazes do cupido a tua desprezível conveniência,
Como posso a esta mulher, meu amor entregar?!
Riva. 105