Longe do espetáculo da vida.
O teatro permanece vazio;
o piano está tristemente mudo.
E a lembrança do seu rosto
está aqui, vagando por entre os espectadores fantasmas.
Quisera eu que as luzes se acendessem;
que o som do piano ecoasse pelo teatro;
quisera eu ouvir os aplausos
da multidão enternecida;
quisera eu que o seu rosto surgisse no palco.
Uma doce melodia vêm ao meu encontro;
o coração se põe a pular,
querendo saltar da garganta, na esperança
de rever a beleza do seu olhar.
Mas é tudo ilusão;
as luzes continuam apagadas;
o palco está tão vazio;
o piano se consome no silêncio;
mas seu rosto continua aqui,
intacto na minha memória;
para sempre no meu coração.