Nave de Ternura

Ao vento

Entrego minhas lágrimas

Despindo-me em palavras

Feito onda vestindo a areia,

Lá deixando grafado

A face em ternura,

O corpo em aquarelas!

Na enseada

A pérola dos céus

Dá o tom em violadas

Notas introspectivas,

Esculpindo em brumas

O teor da chama paixão!

No foco

A luz te reluz instigante

Alvorada em meu olhar de poesia

Crepúsculo em minha imbernada

D’onde deitas mulher,

Em véus na pele nua!

Sob o cruzeiro do sul,

O perfume de amor

Dá o dom de sedução,

Abençoando o âmago,

Transcendendo sentidos

Em doces e vampiros gemidos!

Auber Fioravante Júnior

02/01/2010

Porto Alegre - RS