Cálice

Como vinho

Assim é minh’alma tinta desprazeres

Suporto o lagar da vida

Pisoteio feridas a extrair néctar

Tonéis resguardam memórias envelhecidas

Tidas serventes à embriaguês

Sorvida como se fora vida bebida de uma só vez

Brindo com minha sombra enquanto é dia

Logo que a noite chegar

Junto, um convite à lucidez

É deixado no balcão de meus sonhos

Caminhando nesta fresta faço festa com meu brindar

Agora que o desbotar me colore

Arreio minhas portas

Sou tarde

Sou último gole

leandro Soriano
Enviado por leandro Soriano em 24/07/2006
Código do texto: T200636