Cálice
Como vinho
Assim é minh’alma tinta desprazeres
Suporto o lagar da vida
Pisoteio feridas a extrair néctar
Tonéis resguardam memórias envelhecidas
Tidas serventes à embriaguês
Sorvida como se fora vida bebida de uma só vez
Brindo com minha sombra enquanto é dia
Logo que a noite chegar
Junto, um convite à lucidez
É deixado no balcão de meus sonhos
Caminhando nesta fresta faço festa com meu brindar
Agora que o desbotar me colore
Arreio minhas portas
Sou tarde
Sou último gole