Aquarela

Em preto e branco era meu destino;

nem céu azul,nem sol,nem noite ou dia;

sem notas musicais de igreja um sino;

faltava-me de alguém a companhia...

Estava eu em uma platéia solitária

sem haver espetáculo algum em cena;

à espera de uma atriz imaginária,

que do nada de repente surge e acena...

Eis que um clarão que torna as vistas

embaçadas,num céu(agora azul)emoldura

e pouco-a-pouco então revela

a tua imagem,atriz,em cores mistas;

pra finalmente numa só moldura

pra sempre nos fixar numa aquarela...

Coelho Zacarias
Enviado por Coelho Zacarias em 31/12/2009
Reeditado em 16/03/2013
Código do texto: T2004456
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