TRISTE VERAO

ESTOU COM VONTADE DE TOMAR UM PORRE

TEM HORA QUE ESSA VONTADE MORDE

TEM HORA QUE ESSA IDÉIA ME DEIXA DE RESSACA.

TÔ DE SACO CHEIO DO SÓBRIO

DA SOBRA...

PERDI AS HORAS

PERDI O TEMPO

SÓ LAMENTO

E UMA CULPA CLANDESTINA QUE GRITA

É A SOMBRA QUE ME AQUECE

VÁ AO INFERNO E ME ESQUECE

É A POESIA QUE AGRIDE

É O MALANDRO QUE SE FODE

É O ESCARRO QUE RESISTE

MINHA FALTA DE APETITE

MEUS NEURONIOS FRITOS

MEU VERBO NAO TRADUZIDO

É O ROCK, POP, O FLOYD É FODA

MINHA VEIA MORTA

TESAO QUE É QUASE UMA FODA

SAO MEUS OLHOS TRISTES COVAS

DORME, SANGRA E ACORDA

MASTIGA O ESQUECIMENTO

PALAVRAS VIRAM CIMENTO

MEUS OLHOS REMELENTOS

MEU BOLSO NO TEMPO

PARAÓDIA, ÓDIO MAL EXORCISADO

VIRALATA ALADO

UM SEGUNTO PARA DEUS UMA ETERNIDADE AO DIABO

MEU FARDO

OS FARDADOS

OS AMADOS

OS FRACOS

DEJEJUM EM SEUS LABIOS

FAGULHAS DE TANTOS ACASOS

TODOS EMBALSAMADOS

ESTOU TRISTE E DESARMADO

AS VEZES FRUSTRADO

AS VEZES PIRADO

DOSTOIÉVSKI ONDE ESTAO SEUS DEMÔNIOS ?

OTELO FOI OTÁRIIO

SHASKESPEARE É ZÉ PEQUENO

KAFIKA FOI RAUL

CINZAS RARAS

DORES ETERNAS

LINDAS CORES TRISTE VERAO.

Marcos Marcelo Lírio
Enviado por Marcos Marcelo Lírio em 30/12/2009
Código do texto: T2003161