Nosso Ser Romântico
(Para Francisca Patrícia Pereira)
O nosso romantismo estava além
de beber bebidas fortes
e varar a noite na loucura
do libido, num coito insano.
Saíamos à noite soturna
e andávamos por ruas sombrias
olhando canteiros,
canteiros estes que não tinham rosas,
mas nós conseguíamos observar
as minúcias das flores multicolorias.
O grilo que cantava, escondido
nas moitas verdejantes;
os pirilampos que iluminavam
a verdura juntamente com a lua...
As carícias do melófico
encantava a minha amiga,
que na mefluidade da noite
tornávamos um só ser.
Tudo isto iluminava nossos olhos...
Nossas mentes se abriam
e em meio à natureza verdejante
caíamos como que de paraquedas,
e fazíamos amor aos sons naturais.
Como era romântico!
27/012/2009 11h40
Cairo Pereira