Melodia do Amor
Amanheceu e canção tocava
Trazendo ilusão de um amor
Perdido, surrupiado pelo tempo,
E eu da varanda contemplava a vida.
Desejando a perfeição dos deuses
Que na pratica não acontece,
À estrada empoeirada, arvores
E pássaros que sem merecer padecem.
E as horas me consumiam, mas lapidavam
Meu pensamento, tormento de quem idade
Não tem para histórias contar; tudo fluía...
E eu, para tudo ser perfeito, também nada fazia.
E inerte debruçado na varanda olhava
A chuva fina que pela terra escorria. Firme
No pensamento, a beleza invadia meu peito
E só eu sabia, ninguém podia me ajudar
Na febre daquele amor que no coração ardia.