ENTULHO

ENTULHO

Abrirei num canto do coração,

Uma fenda para os meus entulhos.

Jogarei lá os sacos que enchi,

Os desgostos que fiz de embrulhos.

Cada pedaço ou inteiro que peguei.

As lágrimas que no ano chorei.

O riso que ficou parado na boca

E as noites que não te alcancei.

Os encontros que não aconteceu,

O choro, sozinho, sem vê-la.

A saudade que no peito doeu

E as noites, só eu a ver estrelas.

Vou guardar lá todo o sofrimento,

Fazer de tudo isso um passado:

O mal vivido, trancarei com cadeado...

De fora, você! Imaginando-a ao meu lado

Benjamines

Benjamines
Enviado por Benjamines em 26/12/2009
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