Noite de verão
Quando a chuva cai acalentando eletrizante
O coração palpita inquieto e passeia
Sai pela rua, pula, grita e sorri
Só porque sabia que havia alguém ali apesar da solidão.
De repente um arrepio constante, um sonho distante
O brilho de um sorriso incandescente, olhar que reflete
A luz do mundo era um semblante, erradica e certeira
Quando diz convicto de que é, mas pensa que não, porque já foi e poderá ser, então?
Poderia ser o vento que leva pra longe sem rumo nem direção
Posso ser impreciso, mas tenho sua imagem, voz, jeito e palavras nítidas e cravadas em mim
Sinto o calor inconstante, a chuva apaga e limpa, cessa e o calor não termina, propaga
Presencio a história que conta-nos às velas: “Vá cavaleiro, pegue sua espada. Salve a donzela!”
Os fogos coloridos estourando no céu, peito arfante
Um beijo doce sabor uva e mel, explosão
Nada como apreciar os encantos da natureza serena
Noite de acontecimentos, um rosto lindo, beleza, sim é ela.
E quando os anjos já tocavam suas harpas
As crianças se divertiam ao som das flautas
A alegria toma conta do escritor, da música e do coração
Nada como estar contigo, o melhor castigo, estar preso a você.
Nada como mais que tudo te amar, um beijo na chuva
Uma noite de verão.