Noite de verão

Quando a chuva cai acalentando eletrizante

O coração palpita inquieto e passeia

Sai pela rua, pula, grita e sorri

Só porque sabia que havia alguém ali apesar da solidão.

De repente um arrepio constante, um sonho distante

O brilho de um sorriso incandescente, olhar que reflete

A luz do mundo era um semblante, erradica e certeira

Quando diz convicto de que é, mas pensa que não, porque já foi e poderá ser, então?

Poderia ser o vento que leva pra longe sem rumo nem direção

Posso ser impreciso, mas tenho sua imagem, voz, jeito e palavras nítidas e cravadas em mim

Sinto o calor inconstante, a chuva apaga e limpa, cessa e o calor não termina, propaga

Presencio a história que conta-nos às velas: “Vá cavaleiro, pegue sua espada. Salve a donzela!”

Os fogos coloridos estourando no céu, peito arfante

Um beijo doce sabor uva e mel, explosão

Nada como apreciar os encantos da natureza serena

Noite de acontecimentos, um rosto lindo, beleza, sim é ela.

E quando os anjos já tocavam suas harpas

As crianças se divertiam ao som das flautas

A alegria toma conta do escritor, da música e do coração

Nada como estar contigo, o melhor castigo, estar preso a você.

Nada como mais que tudo te amar, um beijo na chuva

Uma noite de verão.

Luiz Aguinaldo
Enviado por Luiz Aguinaldo em 26/12/2009
Código do texto: T1996638
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