CACOS E ETERNIDADE
Vou descer do busto em que repouso
E procurar entre os vãos das paredes velhas
Todas as sobras do amor
E montar novamente todo o quadro
Que um dia ostentou toda a nossa beleza
E se eu conseguir, voltarei a te amar
Mas se não, então devo prosseguir em outro caminho
E não mais voltar ao frágil posto perto do céu
Mas longe de você, muito longe do que sonhei
Pois o amor é uma sorte eterna
Que transforma o simples em vital
E torna imortal aquilo que toca
Estranho é mundo em cacos
E todos têm a culpa pela bagunça
Mas ainda assim terei você
Se o quadro voltar para meus olhos
Não importa o que vejo
Importa apenas como vejo
E o que sinto ao viver o momento
Se o momento é você
Então é o coração quem dita a música
E dançaremos para sempre
Pois a felicidade não pode acabar
O amor, simplesmente, não pode acabar...