Dois Corpos Nus!

Éramos dois corpos nus,

No chão deitados...

Dois corpos nus e salgados...

Lá fora o mundo se movia

Enquanto respirações se ofegavam

Enquanto redemoinhavam

Vapores que exalavam de

Nossa fraca epiderme,

Enriquecendo o perfume

Do nosso sexo pelo

Ar...

Hum! Cheiro de sexo no ar!

Era todo um só tremular

Esses dois corpos nus...

Dois corações felizes e saltitantes

No frenético movimento dos púbis

Nossos olhos se entrecruzavam:

Eu via o brilho do metal do seu

Olhar...

Brilhava como vagas de um mar

Que criei enquanto você dormia!

Era seu o meu corpo nu!

Violentava meu sexo e minha alma.

Agora quero que seja a mão que me

Guia pelos meandros dessa estrada da vida...

Que seja a ave que me leva em suas asas

Para que juntos possamos tocar o céu...

Azul...

A serpente venenosa que me abraça

Que me aperta e que me afaga até

Cerrarem os meus olhos pequenos

Até que minha gigante boca se abra

Para que possa pingar o fatal veneno!

Penetre em mim como adentro você

Aquente meu corpo, inflama minh’alma

Transporte-me por águas boas e calmas

Que hoje quero contigo mais cedo adormecer!

Quero aninhar-me em seus longos braços

Enroscar meus dedos nos seus-meus cabelos

Num átimo de um segundo ir contigo pelo espaço

Nesse momento maravilha que nunca irei esquecê-lo!

Te amo! Beijos!

Gil Ferrys
Enviado por Gil Ferrys em 23/12/2009
Código do texto: T1992471