CAPTURA

Te escondeste

E ando feito doida

A te procurar

Nas brenhas, nas fendas

Nos ares, nas sendas

Nas cores, nos bares.

Em que canto

Te embrenhaste

Que já não sei onde buscar-te?

Nas flores, nos sóis

Estrelas e luas, no meio das ruas

Não sei onde achar-te.

Me exaspero, falta ar em mim

Tudo em volta urge por ti

Sal, sol, fogo, água, atmosfera

Enjaulada fera, sumiste na escuridão

E na tentativa insana de escapar

Me deixaste a solidão.

Como a seiva dos meus dias

É emergente que eu te capture

Pois que minha vida

Feito nau sem rumo

Já perdeu o leme

Não tem mais direção.

MARINA ALVES
Enviado por MARINA ALVES em 23/12/2009
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