Não reconheço minha afeição no espelho.
Onde ferve ternuras
Teus olhos abrem auras
Que desnudão dias escuros
E ornão-me aos celestes muros
Que sobrepujão esse amor
Nesse iluzo coração
Vai-te encontro a razão
Que teu corpo fez sedução
No tacto de nossa união
Pois, aqui é onde dorme esse amor
Erro vai ser inimigo
Se usufruir mal regalo
Com mãos insensiveis
Ao amor de uma mulher
Sentindo falta de carinho
E assim se conquista esse amor
Choras o homem teu próprio medo de amar
Nesse sentido que o mundo apenas sente-se só
Reconheço-lhe amor de identidade, seu rosto vejo
E radioso torna-se cada espelho em que somos refletidos.
Ser humano único animal que reconhece sua afeição no espelho
E o único que tem medo de afeiçoar-se aos espelhos do amor.