AMO, E DAÍ... AMO SÓ

Eu chamo, teu nome

Ele não me ouve, não me vê

Eu clamo, teu olhos

Eles não me miram, não me brilham

Eu peço, teus toques

Braços engessados, mãos cruzadas

Imploro, um beijo

Boca muda nada fala

Como pode um coração assim

Suportar o anuncio do fim

Invisível, inodoro, incolor...

Como pode um coração assim

Suplantar a dor em tom carmim

Opaca, impassível tom pastel

Mas, dolorido itimorato

Não desisti, resiste aos fatos

E se entrega ao devaneio

Da paixão de um só

coração

Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 22/12/2009
Código do texto: T1990094
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