Nau de Palavras
Meu pranto é baixinho,
Vem d’alma desnuda
Embalada pelas violas,
Lá em alto mar, d’onde minha nave
Navega querendo encontrar
Um gosto diferente na boca
Que canta e me encanta
Em meio à simplicidade,
E o tenro divagar!
No céu apenas estrelas,
Em meu birô, um misto
De letra, música desvendando
Na terra o nascer da rosa em flor!
Enquanto a noite invade a madruga
Deixou-me tecer pelas palavras,
Oriundas do silêncio, das sombras,
Das árvores que guardam o brilho do amanhecer!
Em meu olhar a penumbra,
O som da brisa murmurando
Nas entrelinhas, no jardim,
No voo de sonhar e viver a poesia!
Auber Fioravante Júnior
2012/2009
Porto Alegre - RS