QUANDO ME DEI CONTA

Quando me dei conta,

Um silêncio assustador abraçou o tempo

Deixando-me completamente tonta

Vítima dos meus mais confusos pensamentos

Quando dei por mim,

Sua ausência já era fato consumado

De um jeito assim

Meio brusco... Meio descompensado

Quando tentei raciocinar com lógica

Aí sim, pensei estar surtando,

Parecia mesmo estar fora de órbita

Sem atinar com o real, mesmo tentando

Foram sonhos sem sentido

Como se eu me apegasse a uma fuga

Não querendo aceitar que o destino

Pregou-me mais uma peça maluca

Pra falar francamente a verdade

Quando me dei conta mesmo

Dessa cruel e imutável realidade

Vaguei como um autômato, a esmo

Tentando inutilmente encontrar no escuro

Uma saída, um facho de luz, em romaria

Mas como ficar procurando outro rumo

Se era somente o seu rumo que me conduzia?

Porém, como eu sempre soube

Que o tempo é um santo remédio

Mesmo a contragosto foi o que me coube

E eu pude me desvencilhar do mistério

E hoje, quando me dei conta

Que você foi uma grande insensatez,

Uma ilusão apenas, que me deixou tonta

Percebi que em mim, você morreu de vez!

Vitória-ES

Baby
Enviado por Baby em 21/07/2006
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