Finda o Dia . . .
Interrompo o dia para ver o sol se pôr . . .
Tão manso, tão profundo em cor.
Vejo o sol lentamente se desmanchar em laranjas e violetas,
derramando-se até sumir na noite.
Pelo vidro a cidade parece tão quieta ! . . .
Como se ainda dormisse uma ‘ciesta’ preguiçosa . . .
Talvez a languidez esteja em mim, em meus sentidos.
Por que às vezes a vida parece tão simples ?
Como se nada houvesse realmente de muito importante,
como se bastasse apenas viver ? . . .
Talvez seja você que cause esse efeito em mim.
Por que às vezes é tão simples brincar, rir ?
Como se esse fosse um direito natural,
inerente à existência de qualquer ser ? . . .
Interrompo o dia para te ouvir . . .
Doce voz de passado e presente, de hoje e sempre.
Lá fora já é noite e as luzes se movem lentamente de volta pra casa.
Pelo som do meu coração parece que a vida segue seu curso em paz . . .
como se nada pudesse perturbar meu destino . . .
Talvez essa paz esteja em tuas mãos.