O paradóxo do ser
(Raianna de Araújo Costa)
Sou uma bossa nova não terminada
Um jogo empatado
Sou o médico, sou o paciente
O louco e o psiquiatra
O réu e o advogado
Um dia de sol, um raio de sol
Sou antes, sou depois, não sou
Na verdade, prefiro não ser
Quando quero chovo, quando quero choro
Quando não quero, não existo
Calo...
Concentro...
Desisto...
Escandalizo em silêncio
Silencio com gritos
Sou festa, sou sorrisos
Sou música
Sou um romance não escrito
Espero por quem vá escrever esse romance
Sou lágrimas, sou desespero
Mas, principamente, sou saudade...
Quero muito, sou sonhos
Tão realista, tão sonhadora
Apego-me em realidades
Vivo na rotina do meu sonho
Sem pressa, constantemente inconstante
No meu ritmo, do meu jeito
Sempre como quero
Me realizando sempre
Do meu jeito, sempre.