O paradóxo do ser

(Raianna de Araújo Costa)

Sou uma bossa nova não terminada

Um jogo empatado

Sou o médico, sou o paciente

O louco e o psiquiatra

O réu e o advogado

Um dia de sol, um raio de sol

Sou antes, sou depois, não sou

Na verdade, prefiro não ser

Quando quero chovo, quando quero choro

Quando não quero, não existo

Calo...

Concentro...

Desisto...

Escandalizo em silêncio

Silencio com gritos

Sou festa, sou sorrisos

Sou música

Sou um romance não escrito

Espero por quem vá escrever esse romance

Sou lágrimas, sou desespero

Mas, principamente, sou saudade...

Quero muito, sou sonhos

Tão realista, tão sonhadora

Apego-me em realidades

Vivo na rotina do meu sonho

Sem pressa, constantemente inconstante

No meu ritmo, do meu jeito

Sempre como quero

Me realizando sempre

Do meu jeito, sempre.

Estrada Humana
Enviado por Estrada Humana em 20/12/2009
Código do texto: T1987377
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